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Porquê Sintra? Eça agora!
"Só se pode amar o que se conhece. Para descrever Sintra da forma apaixonada como o fez, Eça de Queirós teve de percorrer as ruas estreitas da vila, olhar o verde da serra e escutar as águas a escorrer de uma qualquer nascente. Mas se voltasse hoje a Sintra, todos acreditam que o grande mestre das letras continuaria a ter "pano para mangas" para dar liberdade à sua refinada ironia."
In https://www.publico.pt/2000/12/16/jornal/os-passos-do-velho-gozao-152660
Porquê Sintra? Eça agora!: Bem-vindo
Sintra sob o nosso olhar
Tal como Eça também percorremos as ruas estreitas da vila e registámos a sua beleza.
Porquê Sintra? Eça agora!: Texto
Lá ao fundo, sobre a imensidão verdejante da serra, observa-se a avermelhada e pequena torre do palácio. Durante o dia iluminado pelo brilho incandescente do sol, que lá de cima parece tão pequeno, e durante a noite sob a luz da candeia. Esta é a vista observável a partir do ornamentado e pálido gradil do portão que leva a um belo e espaçoso átrio.
Ana Catarina Loureiro
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Num canteiro com vários encantos, emergia uma flor de um vibrante e luxurioso vermelho, que lhe dava uma imagem mais provocativa, acompanhado de um atraente e esbelto amarelo, semelhante ao ouro, que a tornava mais delicada. As suas pétalas estavam colocadas como se fizessem parte de uma saia de chamas flamejantes, o que contradizia a sua fragilidade aparente. Algumas delas eram mais tímidas e amedrontadas e tentavam esconder-se atrás de outras, que se exibiam e apaixonavam aqueles que olhassem para elas. Todas brilhavam quando a quente e suave luz do sol incidia sobre elas, como se tivessem pequenos e ruidosos diamantes, o que dava mais exuberância àquela sensível flor.
Ana Cardoso
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Ao longo do passeio, revela-se um palácio que é tão belo quanto é velho. Observam-se cordas enroladas, grandiosas esferas armilares e sublimes flores exóticas, sobre as janelas e nas paredes, que deleitam qualquer espectador, levando-o a uma época onde o mundo era desconhecido. A sua aparência degradada e enfeites manuelinos refletem os mais de 100 anos que viveu, mas ainda hoje demonstra a elegância da residência de António Augusto e a imponência que a sua torre tem sobre aqueles que a veem perfurar o céu.
António Figueiredo
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Na cidade romântica, no pleno céu cor de mar e sol de verão, encontra-se um spot tranquilo, divino, puro. Um arco de cor harmonicamente calcária, estilo Arc de Triomphe, oferece uma vista mítica. Através do recorte do Arco, encaramos um gramado vivo e verdejante que se estende até ao infinito, onde estão pequenos degraus perfeitamente fundidos na natureza, como se tivessem sido moldados espontaneamente. O relvado, porém, é limitado lateralmente por um simples muro feito em arbusto, onde brotam árvores rechonchudas, de folhas escuras, que dançam ao ritmo do vento. Ao fundo, onde a relva não toca, seis árvores de tronco longo guardam um reino misterioso e longínquo. Os seis guardas têm capacetes folheados de cor verde clara, decapitados por um feixe de luz solar. Atrás dos guardas ainda se avistavam mais árvores altas, como a Tour Eiffel, que pareciam pôr um divino palácio em suspensão. Um palácio, dourado a Norte e vermelho a Sul, onde pequenas capelas, naturalmente negras, se camuflam de dourado para se mostrarem ao Sol, como se quisessem impressioná-lo. O palácio suspenso só poderia ser de Sintra, o majestoso luxuoso Palácio da Pena, que, apaixonado pelo Sol, reflete o clima da vila do amor e da paixão, onde a imaginação é convertida em paisagens, onde tudo se alinha ao olhar para o mundo através de L’Arc.
Arnav Rana
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É simplesmente uma visão arrebatadora. O meu olhar arrepia-se ao contemplar esta paisagem viva e verdejante, juntamente com um conjunto de casas cujas dimensões diferem, mas que estão alinhadas de uma forma verdadeiramente espontânea. As suas douces couleurs enaltecem qualquer coração. Que sítio romântico! Esta vista, bem como o amor, provoca-me frescos e profundos suspiros…
Beatriz Pinheiro
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A imagem apresenta uma paisagem de Sintra. Uma paisagem com um leque de tons de verde, misturado com tons azuis do céu, que nos cativa e provoca um sentimento de tranquilidade quando a admiramos. No primeiro plano, conseguimos observar uma espécie de labirinto, constituído por vegetação de um tom verde-claro. Este labirinto é como a mente e os pensamentos do ser humano que inúmeras vezes se sente perdido. O amontoado verde origina várias formas geométricas, dando a sensação de organização e boa estrutura, não deixando de ser confuso. Por detrás do labirinto, encontram-se árvores de vários tipos de verde, organizadas como se se encontrassem numa fila muda e, surgindo de uma forma deslumbrante e serena, observa-se nas costas das mesmas uma paisagem esverdeada com detalhes de casas, unindo a natureza ao caos da cidade. O céu pintado em tons de azul dá-nos a uma sensação de sermos consumidos por um mar azul quase atmosférico. Com a contemplação desta paisagem, podemos correlacionar duas sensações que, de forma inesperada, se unem entre si. Com a claridade presente nesta imagem podemos perceber que se trata de um ambiente quente, mas com a sensação de leveza e ambiente limpo e leve que o céu nos proporciona, podemos também sentir alguma frescura.
Catarina Martins
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Pacífica flor, como a infância de uma criança que aproveita as suas tardes, por baixo do sol calmo que alegra os seus dias de verão. O amarelo remexe as suas pétalas, provocando uma ilusão de ótica, enquanto estas esvoaçam tranquilamente pela brisa do vento, tal como as suas folhas relaxadas, como quem estivesse de férias numa belíssima floresta.
Cátia Perez
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Debaixo das ténues nuvens e do céu calmo e azul, como um brilhante e límpido lago, observa-se um cinzento castelo, imponentemente erguido numa vasta e verde montanha. Vê-se ainda a vila de Sintra, tapada por duas vistosas árvores e composta por coloridos edifícios, formando, contrastivamente, uma harmonia entre as suas variadas cores.
Daniel Rodrigues
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À nossa frente erguem-se uns sombrios portões. Portões escuros e exuberantes, manchados pelo traço da antiguidade. Formam espirais harmoniosas, para além de apresentarem formas perfeitas que remetem ao soberbo e à abundância. Círculos e meios círculos, formas perfeitas que se entrelaçam, criando um magnífico puzzle que encanta os nossos olhos.
Dragos Burlui
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Nesta imagem, observa-se um portão aberto e escuro como o carvão, que passa de forma despercebida. No interior, estruturas rigorosamente construídas de pedra branca com filamentos parecidos a cordas. Na parte debaixo, uma rocha que já foi branca como o sal, contudo agora está encardida, aparentando um coração que já amou e sofre de amor. Na parte superior, uma rocha branca iluminada pelo sol, demonstrando uma felicidade natural. Ao fundo, a estátua de um cão que, mesmo pequeno, impõe a sua importância e dever: proteger o interior dos portões. Em volta destes portões e muros, as árvores altas e grossas, com a sua cor verde representam a calma existente e a harmonia vivida.
Eduardo Carvalho
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Aquela Porta
Aquela porta azul. Azul quase irreconhecível. Azul penetrante, solitário e sombrio. Aquela porta com duas janelinhas frágeis de vidro que guarda profundos e fortes segredos. Janelinhas essas bem resguardadas pelas desgastadas e sofridas grades, que merecem um olhar atento, não só porque é através delas que a ferrugem incrivelmente brilhante reflete o incessante passar do tempo, mas também porque é nelas que encontro, calma e serenamente, a tranquilidade de recordar um passado turbulento.
Emana daquela porta sabedoria e conhecimento, memórias guardadas pelo vigoroso e pálido mármore que, inevitavelmente, protege a porta que acolhe as desgostosas, cortantes e refletidas histórias da minha infância. Aquela porta... A Porta que abriu os alegres caminhos da minha, agora, indestrutível doce vida!
Iona Danulescu
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Num jardim verdejante, uma bela e fascinante rosa sente o calor dos imensos raios de sol. Com as suas pétalas cor de coragem, as suas folhas cor de esperança e uma nova rosa a florescer, encanta todos aqueles que a contemplam. Impossível não reparar nas pequenas mas cintilantes manchas claras, no centro desta magnífica flor, e nas suas confortáveis pétalas. É simplesmente incrível!
Mafalda Inocêncio
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Colocada entre um resguardado e discreto rochedo, encontra-se uma humilde cascata. A água escorre levemente sobre o verde do musgo. Uma fresca aragem, pura como o oxigénio que nunca testemunhara qualquer poluição, tranquiliza a alma inquieta de cada um que ali passe. As paredes rochosas guardam os segredos de várias gerações, cravados nas paredes e gritados pela alma. Um frio e resistente pedaço de pedra simula um pequeno banco, cuja regalia se faz na vista direta para o fim daquela delicada queda de água que escorre pelas rochas. A intensa luz do sol reflete-se no arvoredo que resguarda a cascata, penetrando na triste alma de quem ali atravessa uma sensação de conforto e esperança.
Marta Dias
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Localizada no meio de um fresco e verde ambiente, encontra-se a Quinta da Regaleira, um sombrio, manuelino e neogótico palácio com paredes assertivas e bem definidas; tímidas e trabalhadas fachadas; elegantes janelas e um divino poder. Constituído por afiadas e pontiagudas estruturas, este enorme casarão possui um aspeto pesado e reservado, como o de alguém que não deseja ser perturbado; acarreta uma misteriosa e intimidante figura contrastando, totalmente, com o vivo ambiente em que se encontra.
Matilde Santos
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Nesta imagem é possível ver um belo e sereno jardim, que chama imediatamente à atenção, preenchido pela cor verde da natureza, tal como as árvores. Ao fundo, as paredes brancas e limpas, preenchidas de pequenas portas sem saída, no segundo andar, enquanto no primeiro andar as janelas são um pouco maiores. Por cima, é possível ver o quente azul do céu, com nuvens semelhantes a algodão doce, ou então o algodão das almofadas. No meio do edifício, as paredes, silenciosamente, abrem o caminho para um conjunto de ruído, onde indivíduos se fazem soar ao longe.
Micael Monteiro
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No centro, o Grande Palácio de Seteais em Sintra, de cor fresca e tão grande quanto as esfomeadas árvores que o cobrem contrasta com um passadiço verdejante e carnudo de relva verde e um céu azul e branco de brancas e tímidas nuvens que desvanecem com o vento.
Tiago Pascácio
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Edifício de alta imponência, de côncavas janelas, cujas cores são vivas, emocionantes e extremamente belas. As suas cores são como as de uma rosa. As suas formas são de figuras geométricas de faces perfeitas. No meio de tanto edifício esplendoroso, este consegue ser aquele que mais se destaca, pela energia positiva, jubilante e sensacional que transmite e mais nenhum existe.
Tiago Rodrigues
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Através de uma misteriosa abertura nas árvores, um verde mundo revela-se à vista.
Sob a aquosa frescura do céu matutino, vê-se uma encantadora moldura verde do Palácio de Seteais e da longa extensão do jardim disposta em frente à sua grande fachada.
Pelo longo caminho castanho, o relvado divide-se em dois. A cor do relvado não é tão vegetal como aparenta ser de longe, visto que na realidade ela é um plano de fundo salpicado por secos e maltratados castanhos, por vezes mais castanhos que o próprio caminho.
As grandes janelas fechadas acompanham o visitante até à entrada arrebatadora, constituída por um arco titânico flanqueado por duas enormes árvores. Acima, vê-se um gigantesco livro com uma curiosa inscrição em Latim, sob decorações de aspeto gótico que lembram uma coroa tirânica.
Tomás Andrade
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A paisagem chama-me à atenção devido às suas cores variadas, apelativas e brilhantes. O céu apresenta uma cor azul, um sentimento de tranquilidade e suavidade. As árvores, uma cor vibrante e o grande Palácio da Pena intercala um vermelho com amarelo, simplesmente esplêndido. É um contraste luminoso, brilhante, alegre e maravilhoso. Ao olhar para esta vista, os sentimentos que me transmite são de alegria e espanto pela sua grandiosidade.
Alexandre Gomes
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Daqui de baixo sinto-me uma mera formiga. Este palácio rigorosamente bem estruturado, com torres gigantescas, em bico, quase fura o infinito manto azul que nos cobre a cabeça. Neste momento, o caloroso sol do meio-dia, trazido por Apolo, ilumina a torre central, desmascarando o palacete triste, escuro, gótico, tornando-o quase que celestial, caloroso e cheio de vida. A imagem é tão bela que iria precisar de todos os adjetivos utilizados pelo nosso grande Luís de Camões para enaltecer os deuses do Olimpo. Doce e sedutor como Vénus, quente como Vulcano, vigorosamente forte como Júpiter. E é nesta hora que me deveria despedir desta beldade. Literalmente perdi-me nos meus pensamentos, tentando descrever algo indiscritível ao olhar de um pensador.
Amanda Nunes
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No vão das grades, um lindo palácio iluminado pelo rico sol da tardinha. Uma bela composição de um palácio neogótico e neomanuelino que nos remonta à antiguidade de cavaleiros e damas. À sua volta, uma beleza de pedras que dão um ar natural, encantador. Um ar de Sintra. No palacete, varandas e varandins fascinantes. A torre octogonal é elegantemente simpática, parecendo inserida no céu azul-claro e assemelhando-se a uma encantadora pintura. Este palácio da Quinta da Regaleira é romântico, solitário e apressadamente entusiasma pelos seus requintes, pela sua natureza e pela sua grandiosidade.
Camila Santos
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Harmonia. Harmonia momentânea e espantosa num mundo de caos e confusão. Onde tudo se parece encaixar perfeitamente, num planeta onde nada parece fazer sentido nos dias de hoje. Uma proporção divina que nos faz esquecer os nossos problemas mundanos e quotidianos. Onde uma mera cor como o verde se transforma em euforia e, simultaneamente, a preocupação dissolve-se com o abanar das árvores causado pela leve brisa, pois ninguém é capaz de sentir sofrimento ao comtemplar um panorama tão sublime quanto este.
Maria Carolina Ramalho
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Que paisagem tão linda, calma, tranquila, que visão! O azul do céu é tão apaixonante e os arbustos parecem um jardim de conto de fadas. Se eu pudesse voltar a esse lugar, voltaria a apaixonar-me pela maravilhosa visão panorâmica onde somos gigantes e as casas formigas, onde a brisa silenciosamente bate em nossas caras. Este é um belo jardim de princesas e príncipes, um jardim de paz, amor, felicidade e muito mais, onde tudo pode acontecer, onde o céu brilha mais que um cristal.
Mariana Serafim
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Uma paisagem que traz a beleza da natureza, com diversos tons de verde, uma bela e fresca verdura, onde cada pequeno ramo se distingue pela desordem das suas numerosas folhas. A iluminação do sol predomina sob a quieta e silenciosa floresta, deserta e verdejante, onde os castanhos dos troncos a enaltecem.
Por baixo e entre os velhos e sujos muros, escorrega uma pouca água que sobressai da escuridão e do triste recanto aquele. Timidamente, no pequenino muro perpendicular aos outros, brilha um liso e cinzento banco de pedra à luz do início da tarde.
Marta Fernandes
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A primeira coisa que os meus olhos destacam é a cor verde envolvendo as árvores, os campos e um magnífico jardim. As casas e os terrenos com alguma dimensão dão uma ideia de desorganização, porque estão espalhadas pelo território atrás do jardim e das árvores. A paisagem parece não ter fim, pois não se vê a finalidade das habitações e do lindo céu azul. Apesar da dificuldade ao observar, o fundo desta imagem é o fim de Sintra, conseguindo ter a sensação de que o mundo é tão pequeno e grande ao mesmo tempo. E como nós não pensamos que paisagens como esta nos podem marcar para o resto das nossas vidas!
Matilde Brito
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Ao subir uma estreita rua de terra batida, deparei-me com um enorme palácio, reconhecido como Património Mundial da UNESCO.
O contraste harmonioso do sereno tom do céu com o ar consumido do palácio exalta a sua elegância.
Com um olhar mais detalhista e concentrada no deslumbrante portão, o que me saltou de imediato à vista foi uma espécie de corda, que parece entrelaçar toda a estrutura que envolve o portão e as grades. Olhando atentamente para o centro da porta, vê-se um nó de marinheiros. Outro elemento que também me salta à vista é a esfera no topo das grades, ao lado do grande portão, que, tal como a “corda” e o “nó”, me transporta para os tempos das navegações portuguesas e dos descobrimentos, em que a “esfera armilar” era um dos instrumentos náuticos utilizados.
A esplêndida estrutura é incrivelmente meticulosa. Todos os detalhes são fascinantemente capazes de nos deixar boquiabertos com a perfeição de cada minuciosidade.
Sofia Carvalho
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É uma bela paisagem verdejante apaziguada pelo frio castelo de pedra. No meio de uma harmonia de frescor, o castelo se os seus detalhes imensos sobressaem e são uma vez mais apreciados por toda a gente que olha sobre a montanha. Um sentimento de frescura e frieza passa por todos aqueles que olham e sentem aquilo que foi um dia feito pela natureza e construído pelo Homem. Um contraste de cores e sentidos inquietam todos os seus admiradores e reconfortam todos aqueles que deitem os olhos na gigantesca montanha verde.
Soraia Santana
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O verde das árvores era sufocante e ao mesmo tempo libertador e solto, transmitindo um sentimento de aventura e exploração ao observador. O lugar gritava vida mas parecia que todos os animais, insetos, pássaros e pequenos roedores, se retiraram para conceder a oportunidade da beleza das plantas dominar o olhar de qualquer pessoa que passava por aquele lugar intemporal.
Ademir Caetano
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Já ia o Sol para lá do ponto alto do dia, mas ainda estava calor em Sintra. A vista que Seteais oferecia era sublime. Apenas algumas nuvens pálidas ornamentavam a tela azul celeste, como pinceladas leves e lânguidas, acompanhadas de uma subtil bruma acinzentada na linha do horizonte. O Atlântico e o céu esbatiam-se um no outro, criando uma ilusão de infinidade em quem os olhasse. Se não conhecesse a vila, não saberia que as Maçãs estavam à minha frente. Em baixo, via-se o jardim do palácio, com rodopiantes sebes que trilhavam caminhos sem saída e árvores redondas, do verde mais vivo. Era, de certo, devido aos “ares de Sintra”. Para lá do jardim e até à bruma, via-se uma planície de tons esverdeados, com pequeninos salpicos de branco.
A tarde começava a assentar com uma deliciosa monotonia e tudo o que eu queria era ficar ali, sozinha, com o céu e o Atlântico, para sempre.
Carlota Pataca
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Numa manhã tardia, de tons claros e cintilantes, via-se de ré, a erguer-se de forma orgulhosa e imponente, como um rei sobre o seu trono, o velho “Palácio da Pena”. Debaixo deste, encontrava-se uma floresta serrada e verdejante, bem cuidada e tratada, em contraste com o relvado seco e escuro que a precede. No meio dessa floresta, era possível distinguir um carro que, por ser vermelho cintilante, contrastava com o muro e a escadaria de pedra antiga que se encontravam ao seu redor. Por fim, via-se também de forma muda e escondida, aquilo que parecia ser a fachada de uma casa branca com telhado de telhas alaranjadas.
Daniel Aleixo
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Num início de tarde, o sol brilhante e encadeante incidia sob as mais altas e verdes árvores da Serra de Sintra. As suas folhas eram tão lindas e verdejantes que mais pareciam a camisola do Sporting prestes a ser vestida num jogo, que já estaria praticamente vencido. Os troncos imponentes e majestosos rasgavam o céu, tal era a sua forte imponência na paisagem.
Bernardo Pinheiro
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Que imagem misteriosa, soberba... o céu azul delicioso, com os seus castelos confidentes, prisioneiros num manto verdejante e perfumado.
Um silêncio inquietante que se instala na dança das folhas, e na brisa que entra pelas janelas entreabertas.
Por entre cantos e recantos, raios de sol invadem sem permissão e salpicam de luz cada momento.
As sombras espreitam aqueles que passeiam e que murmuram as suas paixões, os seus fracassos e as suas vitórias.
Como não me perder neste labirinto colorido, aromático e enigmático que nos convida para algo inesquecível!
Eliana Antunes
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Ali estávamos nós, em Seteais. Disseram-nos para que, a meio da rampa da parte central do palácio, olhássemos para trás, em vez de irmos em busca da vista que dava para o mar. E lá estava…
Olhando para cima, éramos confrontados com esta vista, que era algo idêntica a um quadro. O arco do palácio com o brasão português no topo parecia uma moldura de pedra, remodelada e já pintada de branco, no entanto com algumas marcas negras deixadas pelo tempo. No topo da moldura, o tal brasão português era guardado por lanças, também esculpidas em pedra, já com um tom acinzentado.
No interior da moldura, estava tamanha obra de arte. Na parte baixa do quadro, há uma muralha verde, muito verde, e um verde bem claro, que transmitia uma sensação de frescura.
Acima da muralha, estava a formidável Serra de Sintra, protegida por um vasto arvoredo, também muito verde, mas muito mais escuro e algo misterioso. Um verde que, apesar de escuro, era ao mesmo tempo acolhedor. Parecia estar a guardar algo.
No cimo da serra, estava o Palácio da Pena, com os seus amarelos e vermelhos exóticos, destacados debaixo do céu azul e quase sem nuvens de Sintra. No meio do palácio destacavam-se uma cúpulas, que pareciam ser feitas de ouro, tal era a força com que refletiam a luz do sol, que não era possível de ver no quadro, mas que, naquele dia, fez questão de aparecer e marcar a sua presença através dessas mesmas cúpulas.
Rúben Leal
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A caminho do Castelo dos Mouros, Sintra. Tarde soalheira. Calor tórrido, que convenceria até o mais empedernido dos forretas a comprar duas garrafas de água. A gente subiu aquele monte íngreme, num capricho. Ao fim de meia hora, ofegantes, decidimos repousar por cinco minutos, deitados à sombra da bananeira. Até então, desconhecia o efeito beatífico que assentar as nalgas podia ter. Estafado, olhei de soslaio para o lado.
Enxerguei arbustos tímidos, sombreados pelas mesmas árvores que nos disponibilizaram aquele manto que nos resguardou daquele abraso. Um ramo, mais audaz que os outros, estendia-se sobre a terra batida que antecedia os arbustos. Parecia um convite — não, um ultimato, para me colocar sob o ramo e apreciar a vista.
O céu estava aprumado. Exibia-se num degradé, que ia desde um azul determinado até um azul cérulo, à medida que se aproximava do horizonte, até desvanecer numa névoa ténue. Uma nuvem estirava-se tão perto de nós que quase podíamos tocar-lhe.
Para lá dos arbustos, uma vasta planície, que se arrastava até onde era possível enxergar, rodeava, com um prado e um arvoredo viçosos, um aldeamento modesto repleto de casas ainda mais modestas.
Fui deslumbrado por uma paisagem tão serena e enternecedora, que comoveria até os corações tão negros como os olhos da minha mulher, quando chego a casa do trabalho e vejo que o jantar ainda não está na mesa. Com um simples olhar, reconheci bonomia.
David Dias
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Entrámos pelo quadro com moldura de pedra e subimos a ligeira inclinação amigável que nos convidava a avançar. Mal chegámos ao topo, fui o primeiro a empoleirar-me no banco de pedra, para observar a vista que se despia à minha frente. Não há muito a dizer sobre ela! O cenário era coberto de árvores verdes e amarelas que serviam de cama para os raios solares dormirem a sesta do meio-dia. Mais perto da base em que os meus olhos, agora binóculos, mapeavam a planície, estavam pequenos arbustos a posicionarem-se de forma simétrica à volta do general. General que iria comandar o meu olhar por entre o arvoredo fresco e por entre as pequenas civilizações que se encontravam pelo caminho até ao horizonte. Horizonte esse que serviria de linha de contraste entre a terra e o céu, pintado por um artista preguiçoso, que deixaria espaços em branco no meio da tinta calma e relaxante. Mal o meu olhar chegasse ao horizonte, este iria deparar-se com um enorme corpo de água que o iria cativar para explorar mais adiante. Como podem perceber, nada de mais. Um cenário ordinário que era portador da mesma personalidade de 70% dos cenários adjetivados de lindos e que se ouvem falar nas redes sociais. Na verdade, o que os meus olhos viam ganhava um duplo sentido, quando os desviava para o lado. Os meus fiéis compinchas que partilhavam a mesma rotina que eu estavam sentados no mesmo banco de pedra onde o meu tronco se plantava.
-Daqui consigo ver Shanghai!
-Olha, meu, aquilo ali não é Angola?
-Então e se fizéssemos o contra rebatimento da vista, íamos parar aonde?
Perguntas retóricas e exclamações parvas eram atiradas contra o vento, que embatia nas nossas caras como se se quisesse juntar à troca de baboseiras que por aqui se traficava. Os nossos comentários drogavam o ar ao nosso lado e tornavam-no muito mais divertido e agradável. Minutos que pareciam segundos passavam e a hora de nos despedirmos do enorme tabuleiro à nossa frente corria para chegar em primeiro à meta. Voltámo-nos para trás e enfrentámos o homem de barbas frias e determinação de leão para, finalmente, darmos continuidade ao nosso passeio pela terrinha das queijadas e travesseiros, a acompanhar a procura do amor da vida de Carlos.
André Rocha
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— Não querem descansar um pouco? — propôs Diogo — É que estou bué cansado!
Tinham acabado de chegar a um dos vários convenientes checkpoints que havia durante a subida ao Castelo dos Mouros, postos à sombra com um ou dois banquinhos de pedra para quem se quisesse sentar.
— Sim, também estou um pouco cansado — disse Daniel enquanto se sentava no banco de pedra com Ademir.
Diogo parou e ficou a admirar a vista que se estendia por detrás de Daniel e Ademir. Pelo meio das árvores verdes, brilhava o sol das três da tarde. Ao longe estendia-se o grande céu azul, quase sem nuvens, e por baixo dele dava para ver vários campos e algumas solitárias casas no meio. Cá mais perto, na área onde eles estavam, havia um pequeno muro a separar o trilho do resto da montanha. Atravessando o muro, descobriam-se alguns arbustos e algumas pedras e pedregulhos cobertos de musgo. Do lado direito do maior pedregulho que ali estava, havia um buraco sem relva, só com terra e algumas folhas secas, que muito provavelmente tinham caído das centenas de árvores que rodeavam aquela pequena falha.
David e André meteram-se ao lado de Diogo ao mesmo tempo que ele se preparava para tirar uma foto. Abriu a sua bolsa de cintura e, quando retirou o seu telemóvel de lá de dentro, David, enquanto olhava para a bela vista que se estendia à sua frente, disse:
— Bem, meninos, quem quiser tirar uma foto é agora.
— Era o que eu ia fazer — respondeu Diogo a rir-se, enquanto abria a aplicação da câmara e se posicionava para tirar uma foto — Oh shit, ‘tava a gravar um vídeo.
— Ó André, não queres colocar uma foto nova no instagram? — perguntou David, enquanto Diogo apontava a câmara para André, fazendo com que ele fizesse uma pose para o vídeo.
— Não! — Respondeu André, enquanto Diogo movia a câmara para David.
— Pára! — Disse David, enquanto bloqueava a câmara com a sua mão — Eu não quero colocar uma foto nova.
Depois Diogo moveu a câmara para o lado direito onde dava para ver Daniel e Ademir sentados, um ao lado do outro. Daniel cumprimentou o vídeo com um gesto e Ademir ficou quieto a olhar para o chão.
— É um vídeo — respondeu Diogo, enquanto se ria, terminando assim o vídeo que tinha começado a gravar por engano. Depois disso, ajustou a câmara e tirou uma foto à vista que estava perante ele — ‘Bora continuar a subir?
Diogo Miguéis
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Sintra
Sintra, por ti, sinto-me perdidamente apaixonado.
Quando disserem que és feia, pensa que é mau-olhado.
Sintra, uma vila repleta de assombrações e fantasmas,
não esquecendo os famosos travesseiros e queijadas.
Sintra, uma vila encantadora e verdejante,
a tua água cintilante,
como um belo diamante.
Tu que atrais os amantes,
turistas e visitantes,
com as tuas paisagens verdejantes.
Sintra, sinónimo de verdura abundante.
Só tu tens essa paisagem radiante.
Tu és atraente.
Quem disser o contrário mente.
Sintra, repleta de arvoredo.
De palmeiras a pinheiros,
árvores onde se enrolam os namoradeiros.
Não interessa se são escritores ou bombeiros.
A ti terei de regressar,
pois uma parte de mim deixei ficar,
talvez um dia consiga ao teu lado ficar
e para sempre aí morar.
Sintra, vila abundante de palácios
e quintas para visitar.
De certeza que o leitor se vai deleitar.
João Paulo Lopes
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