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Ensaios Discursivos

Letras. Palavras. Frases. Discursos.

Poema à boca fechada

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais boiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

                                    José Saramago

Ensaios Discursivos: Bem-vindo
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Medo... uma força que nos aprisiona de viver!

Sinal de neon
Ensaios Discursivos: Texto

    A meu ver, o facto de haver medo e deixarmos tanto por fazer é uma verdade que afeta todas as pessoas alguma vez na vida, uma vez que nos impede de viver e de  desfrutar da vida. 

     Em primeiro lugar, destaco o medo do fracasso, pois esse medo, por vezes, impede-nos de tentar por medo de fracassar de novo ou por medo das críticas que possam surgir.

Como por exemplo, pode haver uma vez em que uma apresentação importante na frente da turma ou de um grande grupo de pessoas tenha corrido mal e a experiência foi tão traumatizante que a pessoa que apresentou ficou com medo de tentar e de falhar outra vez, mas, mesmo assim, a ideia que devíamos ter em mente é que a única falha é a de não tentar. 

     Em segundo lugar, o medo de nos expormos, uma vez que vivemos com medo de sermos julgados e criticados pelos outros e com medo do que as outras pessoas vão pensar de nós. Deste modo, deixamos de fazer aquilo que queríamos ou de expor as nossas capacidades, valores e qualidades. 

 Como por exemplo, há pessoas que deixam de usar certas peças de roupas e aquelas roupas que gostariam porque está fora de moda, ou porque não se inserem na sociedade atual, ou até porque não são de marca e podem chegar a ser de certa forma julgadas por isso.

     Por fim, o medo é algo comum e não devemos deixar que isso nos impeça de viver a nossa vida e deixar de fazer o que queremos, por isso,  necessitamos de batalhar para superar os nossos medos e inseguranças e não ter medo de ser quem somos. 

Catarina Farinha

Ensaios Discursivos: Texto

     Medo? Ora, o que é o medo e como pode ser tão impactante na vida do homem? Como seres humanos estamos suscetíveis a inseguranças e a medos constantes e, assim,  leva-nos a não aproveitar o que a vida nos proporciona -  um sentimento que pode ser capaz de nos paralisar e fazer com que percamos ótimas oportunidades. 

     Penso que todos nós já sentimos isso e ainda iremos sentir sempre que nos depararmos com decisões importantes, por exemplo, quando temos que decidir estudar num país completamente diferente, de cultura, gastronomia e valores diferentes. De certo que nessa situação podemos encontrar-nos apreensivos sobre o futuro e com medo do que poderá acontecer e se, de facto, poderemos ultrapassar tal desafio.

   Primeiramente, o medo impede-nos de viver da melhor forma possível com a liberdade, pois este é e sempre será estimulante para que possamos tomar decisões, o que se evidencia na nossa maneira de falar, agir e até mesmo no nosso comportamento. Por exemplo, não sermos capazes de dizer uma dura verdade a alguém com quem temos muita afeição por termos medo de magoar a pessoa.

   Seguidamente, o medo inibe-nos de alcançar os nossos objetivos, tal como ter um emprego de sonho, pois resguardamo-nos por causa da vulnerabilidade e do medo. A meu ver, devemos fazer as coisas sem medo do que os outros vão pensar para que consequentemente possamos viver da melhor forma possível.

    Em suma, na vida iremos sempre encontrar dificuldades e o medo, sem dúvida, é um entrave para a nossa vida, mas não nos devemos reter, uma vez que, como seres humanos,  somos capazes de ultrapassar as dificuldades e de forma racional darmos a volta por cima.

Daniela Cambundo

Ensaios Discursivos: Texto

   “Tudo aquilo que queremos está no outro lado do medo “. Medo, um estado emocional provocado pela consciência face ao perigo. Manifesta-se de diversas formas, preocupação, ansiedade, nervosismo, temor, fobia, entre outros. A meu ver, inibe qualquer ser de proferir a sua verdadeira natureza.

   Primeiramente, por obra deste sentimento vários sonhos, talentos, desejos, ambições e interesses foram oprimidos. Como é visível, o índice de ansiedade da minha geração é o mais alto em relação as outras gerações. O medo exteriorizado em forma de ansiedade aniquila a valentia de expressar a nossa individualidade, os nossos sonhos, bênçãos em forma de talento, o que nos torna vulgares e consequentemente escravos emocionais da sociedade. Exemplo disso, é o quão crucial é para as pessoas se inserirem num determinado grupo social, mesmo que este meio os obrigue a mudar certos aspetos das suas vidas mesmo que vão contra os seus princípios, crenças e religiões. 

   Por outro lado, é através do medo que se doma um indivíduo ou uma sociedade. O medo criado nas mentes das pessoas por ações ou palavras leva-as à obediência, colando assim limites nas suas ações. Por exemplo, vários líderes, reis e governadores usaram o medo como uma arma para governar um país ou oprimir as pessoas dos seus direitos. Até aos dias de hoje, esse estado emocional provocado pela consciência continua a ser usado como um meio de controle e governação, e  em alguns casos é usado de uma forma mais moderna, para que não seja exposto e seja alvo de crítica dos outros países ou governadores. Noutros casos não, como é visível pela forma que o presidente norte coreano oprime os direitos do seu povo através do medo.

 Por fim, acredito que as emoções devem ser expressas e usadas da melhor maneira, uma vez que os conceitos de bem, mau, certo e errado varia de indivíduo para indivíduo, creio que o medo deve ser usado para impor barreiras em certas ações (más) humanas para que não haja libertinagem. Porém, não devemos temer a nossa individualidade e devemos expressar quem realmente somos sem receio algum. 

Frederico Estêvão

Ensaios Discursivos: Texto

   O sinónimo de pavor

   Atualmente, o medo tem ocupado um peso relevante na vida das pessoas, o que, a meu ver, é um obstáculo que deve ser ultrapassado para se cumprir qualquer objetivo ou meta na vida.
   O amor tornou-se líquido, o medo importuna inúmeros relacionamentos, onde os amados não demonstram sentimentos, pois tornou-se moda na época atual devido à presença constante do medo. Por exemplo, por consequências do passado, o medo instala-se na vida das pessoas, o que as impossibilita de crer novamente num novo(a) companheiro(a), permitindo-se, assim, cair num estado de infelicidade acompanhado de solidão.
   O medo causa, além disso, a perda de diversas oportunidades na vida de qualquer pessoa, por exemplo, as pessoas têm medo e não toleram críticas e rejeições de jeito algum, têm pavor de serem julgados ou de se tornarem alvo de zombaria, e, por isso,  prejudicam-se, privando-se de fazer algo novo ou interessante, inserindo obstáculos para os seus ganhos futuros.
   Em suma, você vai fracassar algumas vezes na vida  e você pode pensar em render-se  à desistência, mas não é conveniente, tão pouco
vantajoso permitir sentir medo de continuar, pois, além de te atrapalhar e te prejudicar, impede-te de realizar e sentir coisas maravilhosas ao longo de toda a sua vida.

Kitana Nunes

Ensaios Discursivos: Texto

   Medo a dobrar

   Ao longo da história, o “bicho da terra tão pequeno” que tanto conquistou ainda assim sentia medo, um sentimento conhecido por todos nós.
   O medo pode ser reconhecido em diversas ocasiões e, por vezes, não nos deixa vivenciar certos momentos como imaginámos. Sendo uma mulher, o medo de sair de casa com certas roupas, até mesmo coberta da cabeça aos pés ou durante a noite impossibilita-nos de viver
livremente. Às vezes é prazeroso pensar em como seria sair em pleno dia com a roupa que quiséssemos sem termos medo de todos os possíveis perigos.
   Atualmente, o medo de sair de casa não nos permite viver verdadeiramente. O vírus que nos ataca há cerca de um ano destruiu vidas, destruiu sonhos e muito mais. Viver neste clima de medo de contaminar familiares ou ser contaminado por amigos próximos deixa-nos solitários e sem puder viver como sabíamos. Viver era sair de casa com amigos, almoçar com familiares e sem medo de acabar numa cama de hospital. Agora, sair de casa significa um perigo a correr e uma saudade imensa por todos os momentos que perdemos por este maldito medo, um medo real e muito perigoso.
   Enfim,  o “bicho da terra tão pequeno” vive e sente o medo proporcionado por essa vivência a dobrar.

Leonor Alves

Ensaios Discursivos: Texto

   A meu ver, o medo é, por vezes, uma barreira que nos impede de fazer o mais variado tipo de atividade, mas será que podemos evitar esse medo ou controlá-lo como bem entendermos?

   Primeiramente, o medo, se refletirmos um bocado, pode ser uma doença de caráter psicológico tal como a síndrome do pânico que muita gente tem, assim como o medo pode estar relacionado também com traumas vivenciados, como por exemplo alguém que pode ter medo de balões por ter visto algo que o marcou desde então.

   Em segundo lugar, o medo afeta, com certeza, o relacionamento com outras pessoas, pois, se tivermos medo de comunicar com alguém desconhecido,  não vamos ter capacidade de nos safarmos se estivermos perdidos, por exemplo. Por outro lado, também o medo pode afetar os relacionamentos com pessoas conhecidas como amigos, quando, por exemplo, uma pessoa tem medo de ver filmes de terror e os amigos não, consequência disto é esta pessoa não ser convidada pelos amigos para ver um filme e ser posta de parte nesse aspeto.

   Seguidamente, o medo parece ser algo sem controle, mas em casos ligeiros pode realmente ser controlado, como quando temos medo de apresentar um trabalho escolar, mas noutras ocasiões parece ser algo instintivo tal como acontece com  os animais, pois é lógico que um ser humano se irá tentar desviar de um carro que venha na sua direção com medo de ser atropelado, assim como um coelho também irá fugir de um lobo com medo de ser comido.

   Concluindo, o medo parece ser imbatível se não for estudado ou combatido, e, muitas vezes, para o ultrapassarmos temos de ver o medo como algo que poderá prejudicar a quem nos rodeia e a nós mesmos.

Rúben Correia

Ensaios Discursivos: Texto

   Na minha perspetiva,  o medo é algo que, ainda que alguns não o tenham descoberto, vive dentro de nós e está presente em todos os seres humanos e em alguns casos pode causar problemas físicos e psicológicos,  porém não letais.

  Ainda que o medo esteja presente em todos os seres humanos, nem todos os medos são iguais e muitas pessoas desbloqueiam o medo através de acontecimentos passados ou experiências indesejadas, tal como o abuso infantil, por exemplo, que, apesar de após algum tempo a vítima estar segura, ela ficará com o acontecimento na sua cabeça,  tendo receio e medo de que aconteça de novo, o que provoca, muitas vezes, distúrbios  mentais, necessitando, assim, de contactar um psicólogo.

    O medo é algo que pode ser também denominado fobia, que pode ser até parecido com uma doença porque a fobia é um medo irracional e persistente de algo, de alguém, de atividades ou de situações, ainda que represente pouco ou nenhum perigo real,  causando assim uma ansiedade extrema, tal como eu que sinto aracnofobia (medo de aranhas) e claustrofobia (medo de lugares apertados).

    Segundo isto, muitas pessoas sofrem com o medo e perdem parte da sua vida rodeada de receios, deixando muita coisa que poderia trazer felicidade de lado e é exatamente por deixarem essa parte de lado que muitas outras pessoas que se apercebem desta asneira,  ao invés de se desviarem do medo, seguem em frente e lutam ferozmente superando-o e desfrutando assim do momento. Para ajudar pessoas com dificuldades apareceram também muitas expressões,  tal como  “só se vive uma vez”, que carrego comigo.

     Em suma,  o medo é uma sensação desagradável e desconfortante, mas, por outro lado, nós estamos desenvolvidos o suficiente para conseguirmos enfrentá-lo e superá-lo, às vezes com a ajuda e o empurrãozinho de outras pessoas, mas com um gosto de felicidade e orgulho no fim.

Ricardo Marques

Ensaios Discursivos: Texto

   Segundo Ana Bacalhau, o medo faz com que não desfrutemos da vida e, a meu ver, viver com medo, de facto, traz-nos preocupações, fazendo com que a nossa experiência no mundo seja desgastante.

    O medo é uma sensação que nos gera receio de fazer algo, assim, levando-nos a perder oportunidades que nos podiam favorecer. As pessoas tímidas, por exemplo, são vítimas constantes deste sentimento, já que, por medo de socializar, acabam por perder a oportunidade de conhecer novas pessoas, fazer novos amigos e, consequentemente, ter pessoas para apoiá-las nos momentos mais complicados da vida. 

   Seguidamente, o medo também pode ser resultado de traumas. Por exemplo, uma pessoa que sofreu um acidente de avião e sobreviveu, ao querer conhecer outro país, vai deparar-se com a situação do medo e, possivelmente, acabando por não embarcar, sendo privada de um dos melhores prazeres da vida, o de viajar, por causa do medo, o que também pode resultar num stressante desgaste emocional. O medo, dessa forma, passa a ser o seu maior “inimigo”.

   Concluindo, ao sentirmos medo, desenvolvemos outras sensações que juntas tornam o nosso quotidiano insatisfatório. Portanto, o medo é, de facto, uma privação da vida.

André Marques

Ensaios Discursivos: Texto

   Ao longo da nossa vida, todos somos confrontados com um sentimento que é o medo, que, por vezes, altera as nossas escolhas e os nossos rumos. 

   Como diz Ana Bacalhau «Com medo de tudo, vive-se nada». Eu concordo com esta frase porque muitos de nós, por vezes, com medo, deixamos de fazer escolhas e algo que realmente queremos. Por exemplo, eu gosto de dar o meu ponto de vista em relação à política, mas, por vezes, tenho medo de o fazer, porque sei que haverá sempre alguém pronto a refutar as minhas ideias, sem sequer me dar uma hipótese e sem se dar ao trabalho de ouvir o que eu tenho para dizer. Ou, então, quando eu tenho uma opinião forte sobre outro tipo de assunto e me retenho de a dar, porque, novamente, sei que haverá um alguém pronto para desvalorizar o que tenho a dizer. Talvez, se não tivesse tanto medo de ser julgada ou odiada devido àquilo que eu penso, estaria melhor comigo mesma, porque no fundo não interessa estar bem vista aos olhos de outros, mas sim estarmos bem connosco mesmos. 

Noutras alturas, quando este medo está presente, é quando toca ao vestuário. Eu, por exemplo, certas vezes, deixo de usar o estilo de roupa que mais me agrada, porque sei que vou ser olhada e julgada. Então, acabo por optar por um estilo de roupa que não atrai muitas atenções e que me deixe confortável. Porém, se eu, talvez, usasse o estilo de roupa que quero, sentir-me-ia, novamente, mais confortável comigo mesma. 

   Por outro lado, por vezes,  é bom sentir o medo dentro de nós, porque este não nos deixa cometer certas ações de que, provavelmente, nos iríamos arrepender mais tarde. Por exemplo, quando temos algum pico de adrenalina e coragem, e nos apetece cometer alguma loucura, como saltar de paraquedas, escalar uma montanha, ou falar com alguém de quem nos afastamos há imenso tempo. O medo, por vezes, não nos deixa cometer certos atos, talvez pelo que se sucederá. 

 Em conclusão, é à base disto,  que,  por medo de sermos julgados ou criticados, penso que nós, como sociedade, deixamos muitas coisas por fazer, coisas que provavelmente nos deixariam mais felizes e em paz. Quanto mais medo, menos liberdade, e menos se vive. 

Diana Mendes

Ensaios Discursivos: Texto

   A meu ver, por vezes o medo pode ser o nosso maior inimigo, pois faz-nos prisioneiros e não nos deixa viver.

  Por um lado, podemos viver com medo de alguém, como, por exemplo, na violência doméstica. Por temermos o que a outra pessoa em questão nos pode fazer se denunciarmos a violência da qual somos vítimas, decidimos não o fazer, o que leva a que o abuso continue e, por vezes, acabe numa tragédia, como o homicídio, ou seja, por termos medo de denunciar, acabamos por também não viver, pois estamos acorrentados a uma vida e a alguém que não queremos.

   Por outro lado, o medo pode não estar relacionado com agressão por parte de alguém. O medo pode estar relacionado com o próprio medo de viver. O que quero dizer com ter medo de viver? Bom, exemplificando, por vezes, não fazemos certas coisas ou não vamos a certos lugares, por medo das consequências que podem daí advir, ou seja, não o fazemos porque receamos que nos prejudiquemos de alguma forma, e por ter esse medo não vivemos como deveríamos viver, e com isto quero dizer, viver livremente, mas, claro, com prudência.

   Em suma, por termos medo de tudo, não conseguimos viver plena e completamente a nossa vida, e assim sendo, por vezes, sentimo-nos um tanto vazios sem nunca sabermos o porquê.

Diana Oliveira

Ensaios Discursivos: Texto

     Devemos apenas viver

     O medo é o nosso pior inimigo, pois tira-nos a felicidade de viver e condiciona a nossa liberdade, mas a vida é uma pequena viagem que, se não for aproveitada, passa muito rápido.

     Na minha opinião, não devemos ter medo de viver, pois, se somos felizes à nossa maneira e fizermos aquilo que gostamos, não nos devemos importar com o que as pessoas vão dizer, nem ter medo da opinião alheia, porque por mais coisas boas que façamos haverá sempre alguém a criticar. Portanto, na vida há que viver sem medo de ser feliz, de se arrepender, e, se algo não der certo e pensarmos em desistir, tentamos outra vez.  Será que vale a pena perder as oportunidades na vida, por medo ?

   Todavia, há quem diga que é impossível viver sem medo, pois a vida é feita de riscos  (já eu digo que a vida é sobre correr riscos), pois estão sempre com um pé atrás em relação a diversas situações com medo de que algo corra mal na sua rotina e chega a ser desgastante, mas há que tentar superá-lo. Por exemplo, um caso particular em relação às mulheres é que não devíamos ter medo de sair à rua com uma roupa com que  nos sentimos confortáveis e bonitas, com receio de que algo nos aconteça ou alguém nos faça mal.

   Em suma, a vida é uma caminhada cheia de altos e baixos e o que nós precisamos para seguir em frente é coragem.  Se o mundo fosse mais prestativo,  seria mais fácil as pessoas libertarem-se e enfrentarem os seus medos. 

Neurivalda Lourenço

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    Na minha perspetiva, enquanto seres humanos, somos suscetíveis a sentir medo, o que se traduz nas nossas inseguranças e nos impede de realizar diversas coisas. Mas, porquê tanto  medo?

    Em primeiro lugar, e talvez o motivo mais óbvio, sentimos medo, pois temos uma necessidade de aceitação perante o mundo, ou seja, queremos ser aceites e incluídos na sociedade e a existência de padrões sociais deixa-nos com medo da rejeição. Um exemplo disso é quando entramos numa escola nova e, às vezes, temos dificuldade de nos encaixar devido ao medo de não sermos aceites, pois esse medo impede-nos de fazer novas amizades e de desfrutar de novos ambientes.

    Seguidamente, temos o famoso medo do fracasso que, pessoalmente, é dos meus maiores medos e considero que ele esteja relacionado com a pressão social a que estamos todos impostos. Por exemplo, enquanto adolescente, sou bastante bombardeada com perguntas do que eu quero fazer no futuro e isso atormenta-me porque não só tenho imenso medo de não ser bem sucedida e de todo o investimento que os meus pais fizeram em mim ter sido em vão, como também porque não sinto que tenho vocação para alguma coisa, o que me deixa totalmente abalada e faço perguntas para mim mesma: Será que vou ser alguém na vida? Que profissão devo escolher? Que caminho devo seguir? Qual é a escolha mais acertada? Todas essas questões são recorrentes e elas privam-me de experimentar novas oportunidades, por ter medo de fracassar. 

     Em suma, o medo é, com certeza, um instrumento que nos priva de realizar diversas coisas, devido  às nossas inseguranças e aos nossos receios de não sermos bem sucedidos nas nossas escolhas.

Weza Ernesto

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